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Artigo - Roberto Grecellé: Frigorífico Silva: uma indústria de alimento

O mercado de carne bovina vive um momento bastante especial. Se por um lado estamos superando um período difícil para a economia do País, que pela lógica do consumo foi muito desafiador dado o encolhimento do poder de consumo de boa parte dos Brasileiros, por outro, estamos vivendo dias onde a carne bovina se consolidou como um elemento especial, central nos momentos de celebração entre família e amigos. Tenho tranquilidade em afirmar que “o momento da carne chegou”.

Neste contexto, o consumo da carne tem se dado muito a partir de uma ressignificação dos valores atrelados a esse hábito alimentar. Sociedade moderna, conectada, cada dia mais informada, sedenta por informações que venham qualificar esses momentos e agregar ainda mais a esses atos. Saudabilidade, bem-estar animal, compatibilidade ambiental, origem e vínculos socioculturais interessam.

Rio Grande do Sul é terra de carne de qualidade. Originada nas estâncias do nosso Estado, o produto é resultado de sistemas produtivos cada vez mais “tecnificados” e competitivos, produzidos com base pastoril em rebanhos de britânicos e suas cruzas, numa atividade que há dois séculos contribui com o desenvolvimento estadual.

Contudo, estâncias não produzem carne, produzem bois. E na lógica de cadeia produtiva, cabe à indústria frigorífica o papel de transformar boi em carne. Desta forma vejo muito claramente o papel da indústria como garantidor de qualidade neste processo sequencial e encadeado.

Se no futuro alguém um dia se destinar a escrever a história da carne gaúcha, certamente deverá destinar por mérito e contribuição, um capítulo ao Frigorifico Silva. Com origem familiar, na cidade de Santa Maria, a empresa está estrategicamente posicionada no coração do RS. 

Exatamente pela sua posição, próximo dos municípios com maior densidade pecuária (região tradicionalmente pecuária) e colado à região do planalto médio (reduto cada vez mais importante da produção de boi de qualidade na rotação/integração com os cultivos agrícolas), vejo o “Silva” como uma empresa que só evolui. Por acompanhar essa trajetória pelos últimos 15 anos, me sinto muito à vontade para pontuar alguns destaques que julgo crucial para uma indústria que produz alimentos destinados ao consumo humano. Vejamos...

O capital humano – na minha visão, um grande ativo do Frigorifico Silva. Recentemente, durante uma visita técnica, conversei com dezenas de pessoas focadas nas suas atividades, comprometidas no detalhe, envolvidas pelo processo a que sua equipe se destina. Ao mesmo tempo, vi rostos felizes, fruto – eu infiro – de realização com a sua labuta. Pude concluir que vi ali, equipe treinada, atualizada e satisfeita.

Infraestrutura física – nesta mesma ocasião, quando percorri os quatro cantos da unidade industrial do “Silva”, entendendo o seu funcionamento, ficou claro e evidente a seriedade com que os seus proprietários e equipe diretiva conduzem o negócio. Seja pelas instalações de recebimento e repouso dos animais (currais cada vez mais amplos e modernos), seja pela impecável qualidade física da unidade de abate e processamento das carcaças, a “fábrica” tá redonda. Funcional, operando com processos muito bem sincronizados, que só contribuem com a qualidade da carne produzida. Frio – característica essencial à indústria frigorífica – está assegurado nas instalações impecavelmente mantidas. Destaco isso pela importância indispensável da indústria do frio na qualidade dos alimentos de origem animal. 

Inovação e futuro – se o que credita uma empresa a atuar no futuro é o que ela fez no passado, é através do seu posicionamento presente que se dimensiona o nível de comprometimento e assertividade com o mercado que atua. A nova unidade de embalagens de atmosfera modificada do Frigorifico Silva só pode ser descrita de uma forma: impressionante. Ao visitá-la tive a nítida sensação que “estamos no futuro” ou numa feira de demonstração de equipamentos do setor. Só que, no caso em questão, já é realidade. O Silva trouxe para Santa Maria o que há de mais moderno do setor frigorífico. Automação, robótica, “porcionamento” preciso e higiene no nível máximo são características que demonstram o profissionalismo e o respeito com que os futuros consumidores serão tratados. De fato, impecável.

Assim se faz uma indústria de alimentos. Uma indústria que se relaciona da melhor forma com os seus fornecedores e clientes, que olha e zela para dentro, sem tirar um olho do mercado e do que está acontecendo nos lares e varejo. E mais; hoje, muito do consumo de carne se dá em eventos sociais e, também, aqui reconheço; tenho visto “o Silva” por toda parte.

Para finalizar, resumo assim o meu relato. Por mais que eu seja Médico Veterinário de formação, portanto com olho clínico aguçado e atento a tudo, foi na posição de consumidor que me senti tranquilo, satisfeito e respeitado.

Pelo trabalho prestado à pecuária gaúcha e pelo desenvolvimento do Estado, vida longa ao Frigorífico Silva.

Por Roberto Grecellé, Coordenador Estadual de Projetos de Pecuária de Corte SEBRAE-RS, Especialista em Mercado de Carnes

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